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RUMO AOS 20 ANOS

Aide Stürmer
Escrito por Aide Stürmer em maio 25, 2021
RUMO AOS 20 ANOS
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No ano em que a Paralelo 30 Turismo comemorará seus 20 anos de atividades, convidamos nossos queridos amigos a embarcar em uma viagem ao passado, mais exatamente 20 anos atrás. Mexendo nas gavetas da nossa agência e também da nossa memória, relembramos como era viajar em 1999, ano em que a Paralelo 30 abriu suas portas em São Leopoldo. Apertem os cintos e embarquem conosco nesta viagem no tempo:

1 – PASSAGENS AÉREAS ERAM BILHETES FÍSICOS

Embarcar mostrando um código de barras na tela do celular: esta cena nos anos 90 era uma imagem futurista, digna dos desenhos dos Jetson. Em 1999 os telefones celulares eram usados somente (pasmem) para fazer chamadas telefônicas. Os bilhetes eletrônicos como os que conhecemos hoje, só surgiram depois dos anos 2000. As agências de viagens tinham estoques de bilhetes aéreos de todas as cias aéreas, ou pelo menos das nacionais. Para emissão de um bilhete, mesmo nacional, era necessário completar todos os campos do bilhete. Isto podia ser feito em uma máquina de emissão ou manualmente.

Na Paralelo 30 lá em 1999, emitíamos os bilhetes a mão, preenchendo todos os campos: origem, destino, horário de saída, horário de chegada, valor pago, numero do cartão de crédito, número do bilhete, validade, etc. A reserva era feita em um sistema utilizado até hoje (GDS) e as informações preenchidas a mão. Qualquer erro de escrita e o passageiro não embarcava! O bilhete continha várias páginas preenchidas igualmente devido ao carbono no verso. Chegando ao aeroporto, no balcão de check in, o atendente ficava com a primeira página, na entrada do avião outra página era destacada e o passageiro ficava ainda com a última cópia, como uma espécie de recibo. Certa vez, já na fila do embarque do voo, um cliente se deu conta que a pessoa lá do check in tinha destacado a folha errada! Saiu correndo atrás da pagina perdida, com risco de perder o voo que já estava sendo finalizado. Hora do pessoal do embarque entrar em contato pelo radio com o pessoal do check in para encontrar o bilhete de voo. Correria, de um lado para o outro, até que por fim chega a tal folhinha que faltava pelas mãos de um funcionário esbaforido. Tudo certo. Os bilhetes dos cento e poucos passageiros a bordo, todos na mão, um em cima do outro como o protocolo. Tripulação, embarque finalizado!

2 – QUATRO MAIORES CIAS AÉREAS BRASILEIRAS

Em 1999, as 4 maiores companhias aéreas brasileiras eram a VASP, Transbrasil, Tam e VARIG. Nenhuma destas existe mais. A Varig, após seria crise que culminou no encerramento das operações em 2006, foi comprada pela Gol que havia iniciado suas atividades como a primeira cia aérea low cost em 2001. A Transbrasil decretou falência no final de 2001 e a Vasp encerrou suas atividades em 2005. A Tam foi a última a deixar de existir em 2016 quando após uma fusão com a chilena LAN, formou a Latam.

Em 1999, os bilhetes eram físicos, e não era possível embarcar sem ter a passagem na mão. Quando precisávamos enviar um bilhete para ser retirado em outro local, emitia- se um PTA. O Pret Paid Ticket – PTA – era uma passagem aérea paga em uma loja para ser retirada em outra. Lembro bem de um episódio sobre um PTA da Vasp, que na época tinha loja ao lado da nossa e que literalmente me tirou um sono.

Era uma das noites mais frias de um julho a vinte anos atrás. No meio da madrugada o telefone toca e do outro lado a voz mais temida para este horário: um passageiro no aeroporto. Atendo o telefone apreensiva e fico sabendo que o PTA enviado à tarde para a loja da Vasp em Rio Branco no Acre, não estava sendo localizado pelo pessoal do aeroporto. Pelo jeito o fax (sim… usávamos fax naquela época… por favor os mais novos façam um google search para saber o que é isto) do PTA havia sido extraviado. A solução era reennvia-lo.

O problema era que isto significava ir até a agência no meio da noite madrugada pois era onde estava o comprovante do envio e também o aparelho de fax para enviar para o cliente que aguardava ansioso no aeroporto. Lá fui eu … enfiei um casaco pesado em cima do pijama, entrei no carro e me toquei para a agência que pelo menos não ficava longe de casa. Antes de abrir a grade de ferro, olhei para o grande relógio de rua que marcava 3h30 da manhã e 4°C. PTA reenviado, loja da Vasp contatada, cliente embarcado. Ainda deu tempo de voltar para casa para mais uma horinha de sono antes de retornar para a agência. E pensar que hoje em dia uma situação como esta poderia ter sido resolvida sem sair da cama quentinha, pelo telefone celular mesmo!

DIRETO DO NOSSO BAÚ DE MEMÓRIAS!

3 – FUMANTE OU NÃO FUMANTE?

Quer assento fumante ou não fumante? Quase inacreditável pensar que esta pergunta era feita na hora da venda de uma passagem aérea. O fumo a bordo foi sendo proibido gradativamente, sob grandes protestos dos passageiros fumantes. Até 1978 era permitido fumar em qualquer lugar da aeronave, não importando se ao lado estivesse uma criança ou um idoso. Depois disto os voos passaram a ter um espaço para fumantes que era no fundo do equipamento, mesmo assim sem nenhuma barreira dos assentos não fumantes mais a frente. No inicio da década de 90 vários países começaram a proibir o fumo nos voos. Aqui no Brasil só em 1998 o fumo foi proibido totalmente nos voos domésticos, antes disto ainda se podia fumar na primeira hora depois do avião decolar. Somente nos anos 2000 que o cigarro foi totalmente proibido a bordo de qualquer cia aérea em todo o mundo.

Em 1999, ano em que a Paralelo 30 iniciou suas atividades, ainda era muito comum fazer a pergunta acima na hora da reserva. O pior cenário era embarcar em voo lotado sem ter conseguido reservar o lugar na área de não fumantes e agonizar por horas com uma pessoa ao lado dando baforadas no ar! Uma das poucas situações que NÃO podemos dizer: “Bons tempos aqueles!”

Uma curiosidade: Já perceberam que apesar de fazer 20 anos que não se pode mais fumar a bordo, os aviões ainda tem cinzeiros nos banheiros? Isto NÃO é porque o avião é tão antigo que foi fabricado em uma época em que ainda se podia fumar a bordo, mas sim porque é uma exigência dos órgãos que regulam a aviação civil no mundo todo.

Aide Stürmer

Paralelo 30 Turismo

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